Marcar pela diferença
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Advogada de Formação e a exercer a atividade na Sociedade de Advogados Mano&Rodrigues, Paula Mano é também sócia fundadora de uma empresa de cuidados domiciliários e de uma funerária de animais domésticos. Realizada pessoal e profissionalmente, a Advogada aguarda um futuro com esperança de continuar a ser feliz.
Quais são as empresas que lidera atualmente ou continua dedicada exclusivamente á advocacia?
A advocacia é e será sempre a minha principal atividade, mas sou também sócia fundadora de uma empresa de cuidados domiciliários denominada “A Família que Escolhemos” e ainda de uma funerária de animais domésticos denominada “Anjos de Companhia”.
Como considera ter sido o percurso da sociedade de advogados?
A sociedade de advogados foi crescendo independentemente das crises económicas que o país foi atravessando e até, mais recentemente, da atual pandemia. O nosso trabalho nunca abrandou, pelo contrário, foi sempre aumentando. Daí termos sentido necessidade de abrir mais um escritório, e decidimos fazê-lo no Funchal.
Como surgiu a sociedade de apoio domiciliário?
Tendo em conta os estudos que apontam para um envelhecimento gradual da população portuguesa, surgiu a ideia, juntamente com as mesmas sócias da sociedade de advogados, Ana Dias Ferreira e Cátia Pereira, de constituirmos uma sociedade de apoio domiciliário, para a qual convidamos também pessoas ligadas á área da saúde. Pretendemos fazer algo diferente do que já existe. Não queremos apenas cuidar, queremos sobretudo conquistar sorrisos, acreditamos por isso tratar-se de um projecto inovador, que tudo indica vir a ter o mesmo sucesso da sociedade de advogados.
E a funerária de animais domésticos?
A “Anjos de Companhia “surgiu da necessidade de mudar o estereótipo do ciclo da despedida dos nossos animais e destina-se a todos aqueles que, como nós (os sócios) gostam e respeitam os animais mesmo quando partem.
Ambas as ideias surgiram daquilo que considerou ser uma necessidade?
Sim, existem diversas empresas de apoio domiciliário, mas nós queremos mais do que isso, queremos que as pessoas que necessitam desses cuidados se sintam verdadeiramente apoiadas, mas felizes, por isso referi que esta empresa vai para além dos cuidados a prestar, existe uma componente humana que nos distingue, só ficamos satisfeitos percebendo que as pessoas de quem cuidamos se sentem verdadeiramente felizes por nos terem junto delas. As pessoas escolhidas para prestarem este serviço são submetidas a uma seleção muito rigorosa e têm de perceber exatamente quais os objetivos desta empresa e atingi-los. Quanto á funerária de animais domésticos surge pelo facto de todos os seus membros gostarem de animais e já terem enfrentado a dor da perda de alguns deles, pelo que decidimos fazer algo diferente, uma funerária mais familiar, mais próxima do dono, onde este poderá acompanhar o seu animal de estimação na despedida e fazê-la como entender, inclusive assistir à sua cremação que será sempre individual. Pretendemos homenagear os animais que chegam ao fim da sua vida, nomeadamente através do nome que escolhemos para esta funerária.
Acreditamos que será um projeto inovador com uma enorme aceitação por parte daqueles que, como nós, amam os animais. A Sandra Mano, o Dr. Luís Montenegro e o Dr. Rui Mota são essenciais neste projeto, pela sensibilidade que possuem relativamente a estas situações.
É uma mulher segura das suas escolhas?
Só hesito até tomar decisões, depois de as tomar nunca mais olho para trás, por isso posso dizer que sim, sou.
Apesar de haver determinados cargos que são ocupados maioritariamente por homens, na advocacia o que faz crescer é a competência?
Sim, na advocacia e nas restantes atividades, a competência é a estrutura, a base da empresa, depois podemos e devemos acrescentar outras exigências e marcar pela diferença. Ir ao encontro daquilo que esperam de nós e superar essa expectativa pela positiva.
Há em Portugal muitas mulheres que são grandes exemplos de Liderança de sucesso e de Empreendedorismo. Os objetivos não são estanques, é preciso ter sempre o compromisso de fazer mais e melhor?
Sempre, esse é o meu lema e o de quem trabalha comigo. O grau de satisfação dos nossos clientes, seja em que empresa for, e até na sociedade de advogados é o que classifica o nosso trabalho. Antes de mais a exigência é comigo, exijo muito de mim, faço questão que o meu trabalho seja irrepreensível, só assim sinto que tenho legitimidade para exigir o mesmo de quem trabalha comigo. Por outro lado, só me sinto feliz a trabalhar com bom ambiente, preciso sentir que quem trabalha comigo está também feliz no seu local de trabalho. O espírito de equipa e até a amizade conquistada há mais de 10 anos na sociedade de advogados faz com que cada um de nós se sinta “em casa” quando está no escritório, e isso não me podia deixar mais feliz.
Considera-se uma mulher realizada a nível pessoal e profissional?
Considero que nessas duas vertentes me vou realizando diariamente, olho para o passado com um sorriso, tento viver o presente o mais intensamente possível e aguardo pelo futuro com a enorme esperança de continuar a ser feliz.